11/07/2011

Um dia, quando menos se espera, a gente se supera.

Basta acreditar. Mesmo quando todo o mundo encolhe os ombros num riso desdenhoso como quem diz “pois sim, está bem”. Mesmo quando parece impossível, mesmo naqueles dias em que equacionamos se não seria mais fácil, menos duro, sonhar outra coisa qualquer, querer outra coisa qualquer. Acreditar e partir é sempre melhor do que renunciar e ficar. Nem que leve vinte anos. Mas não é um acreditar qualquer, daqueles que se ouve por aí em jeito de “ah eu um dia gostava de”, não. É um crer constantemente constante, quase obstinação, quase teimosia. É ouvir, aos 15 anos de idade, da boca de uma professora [tinha cá uma vocação para ensinar, aquela] “a menina, para filha de um bate-chapa e de uma telefonista, sonha alto” e, já naquela altura, sentir e saber cá dentro do peito que o sítio de onde vimos não tem que forçosamente condicionar o lugar para onde vamos e o caminho que queremos percorrer. Basta acreditar.