Há gente que se diz da família, vive do outro lado da rua e passa meses sem fazer um telefonema, sem querer saber, sem o menor interesse. Não há um convite para um café de sábado, um “precisas de alguma coisa” ou um “lembrei-me e trouxe a contar contigo”, nada. Rigorosamente nada. Gente que quando liga é de colhões em colhões e é certo e seguro que está precisando de ajuda para tratar de alguma coisa. E agora, assim de repente, é telefonemas a toda a hora, uma saudade que só visto, um tens que passar cá em casa para jantar connosco. Deus me livre, é toda uma palhaçada para a qual não tenho a menor paciência. A sério, fica mal uma pessoa mandar família à bardamerda, não fica.