Era suposto sermos só três para jantar. Quando dei conta, tinha mais doze pessoas dentro de casa. E eu gosto disto à brava. Deste sentir que a minha casa, embora pequena, embora com apenas duas cadeiras e um sofá, embora sem candeeiros e cortinados, consegue acolher esta gente toda. Gente do mundo, gente do bem, pessoas tão diferentes entre si mas que se conjugam na plenitude neste meu T2. Gosto da azafama da cozinha, da descontracção com que se puxa de uma almofada e se senta no chão, da alegria contagiante, de ver as travessas passarem de mão em mão. Quem aqui chega tarda em partir e eu gosto disso.