O bairro está em silêncio. Só o rádio da vizinha do andar de cima toca intervalado com os latidos do cão que vive dois prédios em frente. Aqui, desta cave quase sem janelas onde vivo, conheço quem me rodeia pelo sons. Faz tempo que não oiço os gritos do marido da vizinha do andar de cima. Quase uma semana estou em crer. Desde então, tem por companhia o rádio que toca insistentemente. De vez em quando oiço-a chorar. Por certo me ouvirá também.