12/03/2013

Dizes, muito de vez em quando e de uma forma quase convicta, que gostas de mim quando na realidade não fazes ideia do que isso seja. Senão repara, em rigor nós só podemos gostar de quem verdadeiramente conhecemos e, francamente, tu nunca te deste a esse trabalho. Até podia dar-se o caso de eu ser uma daquelas mulheres cheia de caprichos, exigências, expectativas, extraordinariamente complexa, seja lá o que isso for e sabe Deus que mais. Mas não. Conhecer-me requer apenas ouvir-me. Simples. Até porque via de regra digo o que penso, o que quero, do que gosto, essas coisas. Por isso bem vês, estranhamente se ama quem não se ouve pela simples razão de que não se conhece. Tu não sabes o que penso nem o que quero nem do que gosto. Lamento.