30/01/2013


Falo e escrevo em português. Não consigo exprimir-me tão bem em nenhuma outra língua. É a minha. Quando o gato me revira a gaveta das cuecas, bramo em espanhol. Coño e Puta Madre, aliviam-me os fígados. Mesmo. Nos últimos dois anos escrevi, falei e trabalhei em inglês [intervalando com tétum]. Sounds good. Há duas semanas voltei às aulas de árabe. Reviver o passado na Mesquita Central. Pânico. Hoje estive meia hora a tentar impressionar quem esteve do outro lado da linha com o pouco francês de que ainda me lembro. Quando desliguei a chamada fiquei com a impressão de que, neste momento, há gente em Madagáscar convicta de que eu preciso urgentemente de um terapeuta da fala. Merde.