A correcta conjugação do verbo “dar” não só não é susceptível de ser feita de qualquer modo como requer um despojamento que se incute desde criança e se pratica dia a dia. Quando alguém precisa e eu me predisponho a dar, dou o melhor. O melhor de mim, o melhor que tenho, as coisas de que mais gosto, o mais bonito e, se possível, a estrear.
Por isso, sempre me fez [e continua a fazer] muita confusão pessoas que concebem o acto de dar como uma oportunidade para se desfazerem de tudo quanto é caco velho, partido, pindérico e horroroso que lá têm por casa. Ora o que não serve para mim, não servirá seguramente para os outros. Acresce que quem dá com o coração, dá na exacta medida do que gostaria de receber um dia se se encontrasse em igual situação de carência.
Por isso, sempre me fez [e continua a fazer] muita confusão pessoas que concebem o acto de dar como uma oportunidade para se desfazerem de tudo quanto é caco velho, partido, pindérico e horroroso que lá têm por casa. Ora o que não serve para mim, não servirá seguramente para os outros. Acresce que quem dá com o coração, dá na exacta medida do que gostaria de receber um dia se se encontrasse em igual situação de carência.